Muitos métodos de treinamento de força, visando a hipertrofia, tem como objetivo impor estímulos variados ao corpo. Conheça agora o método do pico de contração e um exemplo em vídeo!
Você faz 3 séries de 15 repetições a anos na academia e não evolui? Também pudera, seu corpo está totalmente adaptado a este estímulo e mesmo com o aumento das cargas, os resultados não irão aparecer.
Variar os estímulos é fundamental para estimular a adaptação do corpo, por isso, é muito importante usar diferentes métodos de treinamento. Neste sentido, o método do pico de contração (ou pique de contração com alguns também chamam) pode ser bastante útil, quando bem aplicado.
Este método pode ser usado de diferentes formas e com inúmeros objetivos. Basicamente ele funciona da seguinte maneira:
– No ponto máximo de contração de um músculo (final da fase concêntrica), é feita uma contração isométrica (estática) de 2 a 4 segundos (LEIGHTON, 1986).
Desta maneira, teremos muito mais desgaste do ponto de vista muscular, com menos repetições. Mas isso não vale para todo tipo de exercício, pois a ideia é aumentar o tempo de contração e evitar pontos de descanso. Alguns exercícios têm no seu maior ponto de contração, um encaixe articular, que irá proporcionar um descanso e reduzir o estímulo.
Um exemplo clássico é o agachamento, pois em seu ponto de maior encurtamento muscular é a posição inicial, pois no ponto onde o joelho está flexionado, o quadríceps está mais alongado. Neste caso, este método não tem vantagens com este exercício. O mesmo acontece com o desenvolvimento para deltoides.
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O pico de contração é um método simples e que pode ser de grande valia, desde que bem aplicado. Nem todas as pessoas terão benefícios com ele, pois isso vai depender diretamente de diversos fatores. Vamos então avaliar a aplicação deste método!
Pico de contração, aplicação e limitações
Basicamente, o pico de contração busca um maior tempo de contração muscular e com isso, um maior desgaste nestas células. Porém, ele se utiliza de contrações isométricas e isotônicas no mesmo exercício, o que nem sempre pode ser positivo.
Sabe-se de longa data já que as contrações isométricas tem menos potencial para a hipertrofia e que estas causam a fadiga, o que não necessariamente é uma vantagem para quem quer o desenvolvimento muscular. Esta fadiga em condições isométricas ocorre por causa do menor aporte sanguíneo. Porém, como não ocorre o deslizamento das miofibrilas, as microlesões são menores.