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Velloso chega ao Marreco para realizar sonho antigo – LNF

• Francisco Beltrão

O goleiro Velloso e o jornalista Juliam Nazaré, durante entrevista. Foto: Juliam Nazaré.

Anunciado pelo Marreco como reforço da temporada 2025, o goleiro Velloso era um sonho antigo do clube. O Verde-preto tentou a contratação do atleta em 2021 e 2023. Chegou inclusive a atrair o jogador, que acabou permanecendo no Operário Laranjeiras por uma contra-proposta também rentável. Com o desmanche do time de Laranjeiras do Sul — que, aliás, deve se transferir para São João —, o caminho ficou livre para Velloso desembarcar em Francisco Beltrão.

Nesta terça-feira, 21, segundo dia de trabalho no Marreco — ainda nos testes médicos e físicos de pré-temporada —, ele concedeu uma entrevista para o “Diário da Informação”, reproduzida pelo JdeB a seguir.

JdeB: Como foram as conversas em 2021 e 22?

Velloso: É um namoro antigo. De 2022 pra 23, recebi a proposta, gostei, me empolguei, a família também. Mas por questão de ética e respeito, levei a proposta à diretoria do Operário, que não quis me perder e fez uma contraproposta de dois anos de contrato. Tenho uma família, com esposa e dois filhos, pessoas que dependem de mim. E no mundo do futsal é difícil a questão financeira. Dificilmente um jogador de futsal se torna rico, diferente do campo. Então prezei por essa segurança, num local que já conhecia e também estava feliz.

JdeB: Você tinha a oportunidade de ir para o Esporte Futuro Toledo e continuar a parceria com o técnico Luciano Bonfim, que durou quatro anos em Laranjeiras. Porque desta vez aceitou o convite do Marreco?

Velloso: Tava encaminhado pra eu ir pra Toledo. O Luciano tinha muita confiança em mim e eu nele. Tanto que ele nunca me sacou do time durante esses quatro anos em Laranjeiras. Mas pra Toledo o contrato demorou alguns dias e nisso surgiu a proposta do Marreco. Tinha esse namoro antigo e eu falei pra minha esposa: “Tá na hora, porque são três tentativas, vou fechar uma porta sem ter jogado no Marreco”. Além da questão financeira, melhor pra mim aqui. Tinha o desejo de jogar no Marreco. Deixei o Luciano um pouco chateado, mas ele deve entender, porque é um pai de família e busquei o melhor pra minha.

JdeB: No Operário, além do treinador, você tinha colegas de equipe com os quais convivia há bastante tempo. E deste novo elenco do Marreco, já trabalhou com alguém antes?

Velloso: Conheço alguns de jogar contra, mas nunca trabalhei com nenhum. Chego no Marreco com uma expectativa grande, de conquistas. E não pode ser diferente pra quem veste a camisa do Marreco. Sei como a torcida e o clube precisam de um grande título e eu também necessito.  É um sonho meu a Série Ouro. Temos de nos conhecer rápido, nos adaptar ao trabalho do Tchelo, ter essa mistura de experiência com juventude. É uma questão de adaptação, que leva um pouco de tempo. Logo tô conhecendo todo mundo, fazendo um clima bom de vestiário, essencial pra quem conquistar alguma coisa.

JdeB: Uma cobrança incessante da torcida verde-preta é a conquista de títulos relevantes. Isso te preocupa?

Velloso: É uma motivação. Se eu tivesse vindo de outras temporadas aqui poderia cair numa pressão. (Mas) Imagine se no primeiro ano a gente conquista a Série Ouro. Imagina só a festa, a alegria, o que a gente torna no clube. Sempre busquei desafios. Eu tava numa área de conforto, entre aspas, mas nunca deixando a peteca cair — conquistando títulos lá no Operário. E venho com um desafio gigante porque é uma camisa muito pesada. Tem a zoeira dos rivais, que o Marreco não vence, e a gente sabe que isso respinga no torcedor, que sente essa dor.

Sempre foi difícil jogar com o Arrudão lotado, então espero que nosso torcedor esteja conosco nos momentos bons e ruins. Se a gente se unir tenho certeza que nosso maior objetivo será conquistado, que é levantar a nossa sonhada Série Ouro.