O sistema de pós-exaustão não é tão conhecido como o de pré-exaustão, mas pode trazer excelentes resultados também.
A pré-exaustão é bastante estudada e temos inúmeros estudos que mostram que ela pode ser bastante eficiente. Mas e a pós-exaustão, você conhece? Ele segue a mesma linha de pensamento da pré-exaustão, com uma modificação básica.
Na pós exaustão, usamos o exercício uniarticular depois do multiarticular. Por exemplo, um agachamento com cadeira extensora em sequência.
Desta maneira, temos um estímulo diferente do que aquele que acontece na pré-exaustão. Esta simples mudança pode trazer alguns efeitos interessantes para seu treino.
Benefícios da pós-exaustão
A pós-exaustão não é tão conhecida e ainda carece de estudos mais aprofundados sobre seus benefícios. Mas é um método interessante em termos de estratégia.
Para isso, é importante entender o que a pós-exaustão causa em níveis musculares e bioenergéticos.
Basicamente, quando usamos um movimento mais amplo e depois, um mais concentrado, temos alguns pontos que devem ser observados:
– Será mais “fácil” fazer o movimento isolado, mesmo com um processo de fadiga mais intenso. Afinal, haverá menos massa muscular envolvida e com isso, a coordenação exigida é menor. Como a fadiga traz uma redução considerável na coordenação motora, teremos uma intensidade mais alta.
– Será possível com isso, depletar as reservas energéticas de maneira mais intensa. Isso, para inúmeros objetivos, é fantástico. Além do mais, o método de pós-exaustão acaba sendo prioritariamente metabólico.
Ou seja, assim como qualquer método de treino, a pós-exaustão é muito interessante para alguns objetivos e ineficiente para outros.
Ela é muito aplicada em treinos que visam:
– Maior desgaste muscular, através de maior aporte sanguíneo;
– Treinos que visem o emagrecimento;
Em termos práticos, a pós-exaustão é usada quando precisamos aumentar a intensidade do treino, através de estímulos metabólicos.
É possível fazer um treino inteiro com este sistema?
Eu não aconselho. Como já disse, a pós exaustão é uma estratégia e não é muito interessante usá-la como única base de treino. Desta forma, podemos usar a pós-exaustão em alguns momentos para jogar a intensidade total para o alto.
Por exemplo, imagine que seu treino de coxas seja:
– Agachamento livre;
– Leg Press
– Cadeira-extensora;
– Stiff;
– Cadeira flexora;
– Flexão plantar;
Podemos modificar isso, com a pós exaustão. Por exemplo, podemos usar o agachamento livre com a cadeira extensora no primeiro exercício e depois finalizar com o Leg Press. Da mesma maneira, podemos usar o Stiff e a cadeira flexora juntos.
Exemplo em vídeo:
Abaixo, o Mestre Waldemar Guimarães mostra um exemplo de pliometria com pós exaustão:
Pliometria com pós exaustão – Waldemar Guimarães
Existem outras possibilidades também, mas aqui o foco é deixar o exemplo o mais claro possível. O mesmo vale para qualquer outro grupo muscular.
Isso vai acabar reduzindo o tempo de treino. Então, precisamos de uma intensidade mais alta. Desta forma, a pós-exaustão será um método mais interessante.
Tudo aqui está ligado à individualidade. O que te mostrei são possibilidades. Existem milhares de formas de usar a pós-exaustão em seu treino e ter bons resultados. Se você pensar em estimulo e não em exercícios de forma isolada, a compreensão será mais fácil.
Por isso, é fundamental treinar com a orientação de um bom profissional. Bons treinos!
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