Muito se fala na questão do recrutamento de mais unidades motoras durante um treino. Mas em grande parte das vezes, as pessoas não compreendem o que isso significa.
Se apenas executar os movimentos naturais de cada articulação fosse o suficiente para produzirmos bons níveis de hipertrofia, poderíamos todos ter treinos iguais.
Todos sabemos que temos uma série de variáveis envolvidas no processo de hipertrofia e que somente se elas forem bem estruturadas, é que teremos o resultado esperado.
Entre todas as variáveis, o recrutamento de unidades motoras é uma das mais importantes, pois ela está diretamente ligada a questão de ativação muscular.
Para entendermos melhor este conceito, precisamos entender mais sobre a questão da ativação neural de cada exercício. Para isso, precisamos entender mais como funciona nosso sistema nervoso.
Recrutamento de unidades motoras, o cérebro a favor da hipertrofia
Antes de qualquer coisa, precisamos entender que quando nos exercitamos, independentemente da situação, estamos precisando de algum grau de produção de força muscular.
Ao contrário do que muitos pensam, mesmo exercícios aeróbicos e cíclicos, como a corrida ou o ciclismo, tem solicitações de força, mesmo que menores do que em outras atividades.
No caso específico da musculação, temos uma grande necessidade de produção de força, fator que deve sempre ser levado em conta.
Não importa qual seja o grau de exigência de força que é solicitada em uma atividade motora, a fibra (célula) muscular sempre irá produzir sua máxima capacidade de força, em um ato de encurtamento.
Ou seja, se solicitada, a fibra muscular produz esta ação em sua capacidade máxima (100%) ou então, não irá produzir nenhuma repercussão de tensão de encurtamento (0 %). Isto é conhecido na fisiologia como “Lei do Tudo ou Nada”.